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quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Para Sempre


Por que Deus permite
que as mães vão se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não se apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.


CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

O mundo é grande


O mundo é grande


O mundo é grande e cabe
nesta janela sobre o mar.
O mar é grande e cabe
na cama e no colchão de amar.
O amor é grande e cabe
no breve espaço de beijar.

CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

PAPEL DE PAREDE ROSA...

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TE AMAR

TE AMAR...

TE ENCONTRAR MAIS UMA VEZ;
PARA PODER DOS TEUS BEIJOS PROVAR;
O NOSSO AMOR É ASSIM TÃO FORTE E INTENSO;
MAIS QUE TUDO O QUE EU VEJO E SINTO.

MEU AMOR ÉS MEU ÚNICO AMOR;
E SEI QUE SEM TI NÃO POSSO VIVER;
ESSE AMOR ME TRAZ A DOR E O SOFRIMENTO;
MAS SEM VOCÊ EU SEI QUE CAIREI NO ESQUECIMENTO.

MEU AMOR;
É COM VOCÊ QUE QUERO PASSAR OS MEUS DIAS;
ENCONTRAR A VERDADEIRA FELICIDADE;
É VOCÊ;
QUE EU AMO E NÃO HÁ TEMPO NEM ESPAÇO
QUE POSSA MATAR ESSE AMOR.

OS SENTIMENTOS SE ENCONTRAM;
MINHA FELICIDADE É VOCÊ;
E ESSE AMOR É O QUE TENHO PARA VIVER;
SOU APENAS UMA ALMA APAIXONADA POR VOCÊ.

QUERO TE AMAR A VIDA INTEIRA;
TER VOCÊ EM MEUS BRAÇOS;
TE AMAR COM INTENSIDADE;
TER A FELICIDADE.

(HUGO GONÇALVES COSTA)

AMOR... FEITO POESIA


AMOR... FEITO POESIA

AMOR...
É UM CONCEITO DIVINO,
É DIMENSÃO SEM MEDIDA,
É VIAGEM SEM DESTINO,
É MELODIA DA VIDA.


AMOR...
É UM CAMINHO SEM FIM,
É NÃO TER QUE PERDOAR,
É NÃO QUERER E DIZER SIM,
É DAR TUDO O QUE HÁ P'RA DAR !…

AMOR...
É VOZ DA RAZÃO QUE CALA,
É TER DOR E NÃO SENTIR,
É O SILÊNCIO QUE FALA,
É VER O MUNDO SORRIR.

AMOR...
É SOPRO DE NOSTALGIA,
É CANÇÃO LEVE E SUAVE,
É DAS TREVAS FAZER DIA,
É SABER DE QUEM NÃO SABE.
AMOR...
É BEM MAIS QUE SENTIMENTO,
É SUSSURRO DE MAGIA,
É DA ALMA O ALIMENTO,
AMOR...
É HOJE AQUI…FEITO POESIA!…

Autor: Desconhecido.

"AMIGO"

"AMIGO"

AMIGO É AQUELA PESSOA COM QUEM CONVERSAMOS SEM RESERVAS, INDEPENDENTE DA HORA ELE SABE OFERECER O ACONCHEGO DO SEU CORAÇÃO SEM PEDIR NADA EM TROCA, E QUANDO ELE PRECISA SABE QUE PODE FAZER O MESMO SEM OBJEÇÃO, NÃO IMPORTA O TEMPO QUE ESTEJAM DISTANTE FISICAMENTE, AMIZADE É IRMÃ DO AMOR E NÃO TEM CARA, TEM RECIPROCIDADE, AFETIVIDADE, RESPEITO, CARINHO, CONFIANÇA E ALEGRIA.

AMIGO É AQUELA PESSOA QUE NOS DIZ O QUE ACHA SER CORRETO, MESMO NÃO SENDO O QUE GOSTARÍAMOS DE ESCUTAR, MÁS SABE RESPEITAR A DECISÃO DO OUTRO SEM CENSURAS.

AMIGO NOS AVISA DO PERIGO QUANDO NÃO CONSEGUIMOS ENXERGAR, SEM CONTRAPOR NAS DECISÕES TOMADAS.

AMIGO SABE DAR E RECEBER O OMBRO AMIGO SEM PRÉ-REQUISITOS, ELE SABE OUVIR, TANTO QUANTO ESCUTAR...
AMIGO NATURALMENTE SE COMPORTA COM ACEITAÇÃO MIL E AMEAÇA ZERO.

NÃO EXISTE ESCOLA PARA FORMAÇÃO DE AMIGOS,
ELES POR SI JÁ NASCEM APTOS, POR ISTO NÃO IMPOMOS REGRAS DENTRO DE UMA AMIZADE,
ELAS SE COMPATIBILIZAM SEM INVASÕES,
UNINDO OS VERDADEIROS AMIGOS, SEM MALDADES, SEM SEGREDOS, SEM INTERESSES,
A FELICIDADE DE UM, É A FELICIDADE DO OUTRO.

SEM ESFORÇO SABEMOS DISTINGUIR NOSSOS AMIGOS HOJE TE PROCUREI SIMPLESMENTE PARA DIZER:

ESTOU FELIZ PORQUE TE AMO MEU AMIGO.
ÉS MUITO IMPORTANTE PARA MIM.

Autor: Desconhecido

LOVE... LOVE IS YOU

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Obrigado , Senhor , pela mãe que você me deu




Obrigado Senhor!
Obrigado , Senhor , pela mãe que você me deu ...
... por todas as Mães do mundo
... pelas mães brancas , de pele alvinha ...
... pelas pardas , morenas ou bem pretinhas ...
... pelas ricas e pelas pobrezinhas ...
... pelas mães - titias , pelas mães -vovós , pelas madrastas -mães ,
... pelas professoras - mães ...
... pela mãe que embala ao colo o filho que não é seu ...
... pela saudade querida da mãe que já partiu ...
... pelo amor latente em todas as mulheres , que
desperta ao sentir desabrochar em si uma nova vida ...
... pelo amor , maravilhoso amor que une mães e filhos ...
Eu lhe agradeço , Senhor !

Autor desconhecido

PÔR DO SOL 2

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PÔR DO SOL

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PINK LOVE

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AMAR AINDA MAIS

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terça-feira, 8 de setembro de 2009

A tua voz fala amorosa

A tua voz fala amorosa


Qual é a tarde por achar
Em que teremos todos razão
E respiraremos o bom ar
Da alameda sendo verão,

Ou, sendo inverno, baste 'star
Ao pé do sossego ou do fogão?
Qual é a tarde por voltar?
Essa tarde houve, e agora não.

Qual é a mão cariciosa
Que há de ser enfermeira minha -
Sem doenças minha vida ousa –
Oh, essa mão é morta e osso...
Só a lembrança me acarinha
O coração com que não posso.


Fernando Pessoa
A pálida luz da manhã de inverno


A pálida luz da manhã de inverno,
O cais e a razãoNão dão mais 'sperança, nem menos 'sperança sequer,
Ao meu coração.O que tem que ser
Será, quer eu queira que seja ou que não.

No rumor do cais, no bulício do rio,
Na rua a acordarNão há mais sossego, nem menos sossego sequer,
Para o meu 'sperar.
O que tem que não serAlgures será, se o pensei; tudo mais é sonhar.

Fernando Pessoa
28.12.1928

BEIJO

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segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Além da Terra, além do Céu


Além da Terra, além do Céu,
no trampolim do sem-fim das estrelas,
no rastro dos astros,
na magnólia das nebulosas.
Além, muito além do sistema solar,
até onde alcançam o pensamento e o coração,
vamos!
vamos conjugar
o verbo fundamental essencial,
o verbo transcendente, acima das gramáticas
e do medo e da moeda e da política,
o verbo sempre amar,
o verbo pluriamar,
razão de ser e de viver.


Carlos Drummond de Andrade

Balada do amor através das idades

Balada do amor através das idades


Eu te gosto, você me gosta
desde tempos imemoriais
Eu era grego, você troiana
troiana, mas não Helena.
Saí do cavalo de pau
para matar seu irmão.
Matei, brigamos, morremos.

Virei soldado romano,
perseguidor de cristãos.
Na porta da catacumba
encontrei-te novamente.
Mas quando vi você nua
caída na areia do circo
e o leão que vinha vindo,
dei um pulo desesperado,
e o leão comeu nós dois.

Depois fui pirata mouro,
flagelo da Tripolitânia.
Toquei fogo na fragata
onde você se escondia
da fúria do meu bergatim.
Mas quando ia te pegar
e te fazer minha escrava,
você fez o sinal da cruz
e rasgou o peito a punhal...
Me suicidei também.

Depois (tempos mais amenos)
fui cortesão de Versalhes,
espirituoso e devasso.
Você cismou de ser freira...
Pulei muro de convento
mas complicações políticas
nos levaram à guilhotina.

Hoje sou moço moderno,
remo, pulo, danço, boxo,
tenho dinheiro no banco.
Você é uma loura notável,
boxa, dança, pula, rema.
Seu pai é que não faz gosto.
Mas depois de mil peripécias,
eu, herói da Paramount,
te abraço, beijo e casamos.
Tenho saudade de uma dama
Tenho saudade de uma dama
Como jamais houve na cama
Outra igual, e mais terna amante.

Não era sequer provocante.
Provocada, como reagia!
São palavras só: quente, fria.

No banheiro nos enroscávamos.
Eram flamas no preto favo,
Um guaiar, um matar-morrer.

Tenho saudade de uma dama
Que me passeava na medula
E atomizava os pés da cama.

A outra porta do prazer
A outra porta do prazer,
porta a que se bate suavemente,
seu convite é um prazer ferido afago.
e, com isso, muito mais prazer

Amor não é completo se não se sabe
coisas que só o amor pode inventar.
procura o estreito átrio do cubículo
aonde não chega a luz, e chega o ardor
da insofrida, mordente
fome de conhecimento pelo gozo

Necrologia dos desiludidos de amor
Os desiludidos do amor
estão desfechando no peito.
Do meu quarto ouço a fuzilaria.
As amadas torcem-se de gozo,
Oh quanta matéria para os jornais

Desiludidos mas fotografados
escreveram cartas explicativas
tomaram todas as providências
para o remorso das amadas,
Pun pum pum adeus, enjoada.
Eu vou, tu ficas, mas nos veremos
seja no claro céu ou turvo inferno.

Os médicos estão fazendo a autópsia
dos desiludidos que se mataram.
Que grandes corações eles possuíam.
Vísceras imensas, tripas sentimentais
e um estômago cheio de poesia...

Agora vamos para o cemitério
levar os corpos dos desiludidos
encaixotados competentemente
(paixões de primeira e de Segunda classe).

Os desiludidos seguem iludidos
sem coração, sem tripas, sem amor.
Única fortuna, os seus dentes de ouro
não servirão de lastro financeiro
e cobertos de terra perderão o brilho
enquanto as amadas dançarão um samba
bravo, violento, sobre a tumba deles.


Carlos Drummond de Andrade
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